Letras Elétricas
Textões e ficções. Tretas e caretas. Histórias e tramóias.
by J. G. Gouvêa

Página Inicial

Olá, sou o José Geraldo, um escritor amador brasileiro e mantenho este blog desde 2010. Aqui você encontrará coisas que venho escrevendo desde o começo do milênio, tretas em que me meti e livros que publiquei. Você pode começar examinando o conteúdo mais recente ou me seguindo nas redes sociais para acompanhar atualizações.

No ar desde 20/06/2010 — Atualizado em 19/11/2021

Voltando Parcialmente à Ativa

Este blog esteve um quanto abandonado desde meados de setembro de 2021, em grande parte devido à minha dificuldade para conciliar o trabalho e a vida pessoal. Agora estou reativando mais uma vez, e continuo consertando pequenos defeitos aqui e ali. Também vou postar algumas coisas novas.

Golpes e Fraudes: A Culpa Nem Sempre é da Tecnologia

Há uma percepção generalizada de que o mundo ficou menos seguro e os espertalhões se sofisticaram, esta seria a explicação para que tanta gente perca dinheiro em golpes praticados na “internet”, um espaço selvagem e cada vez mais perigoso. Muitas pessoas vivem em pânico por causa disso e se privam de experimentar os confortos e oportunidades que a tecnologia oferece — mesmo assim, às vezes, ainda são atingidas, o que não as fará questionar se o isolamento é a resposta. Em vez disso, ficarão ainda mais receosas.

Uma Tese Sobre o Suicídio em ‘Sociedade dos Poetas Mortos’

“Sociedade dos Poetas Mortos”, uma obra tão radical que é até difícil imaginar que tenha sido concebida e realizada por americanos (e pelo menos um australiano, o diretor Peter Weir). Os Estados Unidos não são um país muito receptivo a ideias de rebeldia — nunca foram, muito menos na época retratada pelo filme e ainda menos no início dos anos 1990, ápice da ideologia yuppie e momento em que a cultura pop americana estava cheia de triunfalismo por causa da vitória na Guerra Fria.

A Força da Palavra Exata

post thumbnail

Escritores, de qualquer gênero (e filósofos são uma subcategoria de escritores), se caracterizam por escrever de maneira dedicada, enquanto pessoas comuns escrevem aquilo que precisam escrever e nada mais. Escrever de maneira dedicada, desde cedo e por toda a vida — especialmente se você se submete à crítica de outros que também escrevem de maneira dedicada — costuma contribuir para a clareza do raciocínio e da expressão do mesmo.

A Realidade Debulhada em Números

Números nos parecem mágicos. Pitágoras ensinava que a realidade em si mesma seria expressa por números. Os povos antigos, em geral, acreditavam que operações numéricas tinham caráter mágico e seriam prerrogativa divina. Em um de seus muitos ensinamentos contra a idolatria, a Bíblia conta, por exemplo, que o rei Davi foi “punido” com a mortandade da população pela peste (o “Anjo do Senhor”) porque tentou fazer um recenseamento. Contar o povo era uma tentativa de compreender e controlar, o que só Deus poderia legitimamente fazer.

Imposto Não é Roubo

post thumbnail

Esta é uma frase curta; portanto assimilável, “memeficável”, e necessariamente falsa. Toda frase curta que serve como slogan é falsa em si mesma e só se tornaria verdadeira se analisada em determinado contexto. É esse contexto que pode validá-la ou não. Frases isoladas costumam ser usadas para fins de propaganda, e a propaganda, via de regra, é uma ferramenta para difusão do que é falso, uma vez que a verdade se impõe naturalmente.

Nicolau e Lênin

Há alguns anos, quando estava na oitava série, minha filha mais velha me pediu ajuda em um trabalho escolar sobre a Revolução Russa. Por minha sugestão — e com minha ajuda na escolha da canção e no acerto da versificação — ela produziu uma paródia de “Eduardo e Mônica” que contava o processo revolucionário. Depois seus colegas de classe interpretaram a obra e ela tirou dez, além de ganhar muitos elogios da professora.