E Lá Vem o Jabuti de Novo

E para quem achava que repetição de erros de organização era algo que só acontecia com o ENEM, «coisa do governo» e, portanto, incompetente, eis que, pelo segundo ano consecutivo, lá temos sob questionamento de novo o maior prêmio literário do país, o Jabuti, conferido pela Câmara Brasileira do Livro. Para quem não se lembra, a polêmica do ano passado se deveu ao romance de autoria de Chico Buarque ter sido escolhido «livro do ano» mesmo sem ter sido vencedor em sua categoria. Trocando em […]

Mandando as Malas Embora

Decidi-me a um passo radical nas minhas relações facebookianas. Estou começando a cortar relações com pessoas com quem não tenho conhecimento direto e, simultaneamente, não formam, em minha opinião, um público potencial para a minha literatura. Vou cortando esta turma porque estou cansado de conversas vazias que não vão a lugar nenhum, cansado de gente cheia de certezas, idênticas ou opostas às minhas.

O Julgamento

Tradução de um trecho avulso de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll (obra que se acha em domínio público, tradução feita por mim, ao improviso, já aviso). Com um título novidadoso, homenageante aos recentemente condenados. Dedicado aos que foram condenados, independente de serem ou não culpados, não pelo que fizeram, mas pelo que são. Disse-lhe o gato ao rato: “Venha logo seu bobo jogarmos um jogo: Vamos ambos à lei. Eu lhe serei promotor e tu réu. Venha agora o tribunal não demora. […]

Pequenas e Grandes Coisas

Tenho pouca paciência com as coisas grandes. Minha vida é tão pequena, e o mundo também. Tantas coisas grandes só servem para espremer-nos, Obrigar-nos, coagir-nos. Uma das vantagens de se fazer versos É que quando as linhas ficam assim, Umas encima das outras, Você pode dizer pequenos absurdos E as pessoas leem com seriedade. Os grandes absurdos, porém, estes não, Não cabem nas linhas curtas dos poemas. Para estas obscenidades que matam e que ferem São necessários ensaios e romances. Deixem em paz, portanto, os […]

O Golpe Circular da Montante

Às vezes a palavra que dizemos corta inadvertidamente quem está perto. É como brandir uma espada longa[^1] em círculo sem saber que alguém chegou pelas nossas costas. Culpa da espada? Do espadachim? Da vítima? Ou mero acaso. Anteontem ofendi seriamente um amigo facebookiano por causa de minha postagem aqui. Postei pensando num hábito irritante de dois ou três debatedores em um grupo político onde participo, sujeitos pedantes que gostam de pontuar suas frases com barbarismos léxicos achando que assim se mostram descolados. Essa fato me […]