A Ficção de Clark Ashton Smith

Clark Ashton-Smith (✰ 13/01/1893 – ✞ 14/08/1961) nasceu e viveu até a morte em um pequeno trecho da costa da Califórnia, não muito distante da Baía de São Francisco. Filho de pais muito pobres (mãe inglesa e pai originário da Nova Inglaterra, ambos refugiados econômicos), não pôde estudar além do primário, devido à sua personalidade tímida e à fragilidade de sua compleição física. Ao longo da vida desenvolveu uma fobia de multidões, que o levou a se isolar com seus pais até a morte destes, quando então se casou com a viúva Carolyn Jones Dorman, sua amiga de muitos anos, que dele cuidou no final da vida. Embora tenha sempre se dedicado à arte, como poeta e ficcionista, mas principalmente como escultor e desenhista, sempre teve de trabalhar para se sustentar, pois jamais ganhou o suficiente para se dedicar integralmente à produção artística.

O Cenário das Revistas “Pulp”

Há momentos na história da lite­ratura em que os veí­culos mais inusi­tados dão vazão ao talento de autores competentes, resultando em obras de insus­peita quali­dade que, infeliz­mente, tardam em receber o devido reco­nhe­ci­mento devido ao precon­ceito moti­vado justamente pelos veículos em que foram publicadas. Um desses momentos foi o período entre-guerras nos Estados Unidos, quando floresceram revistas mensais de folhetim conhecidas como “pulp fictions”. Impressas em papel barato e vendidas a preço baixo, destinadas à classe operária, não deixaram, por isso, de contar com autores de primeira grandeza porque ofereciam um veículo para a profissionalização de quem desejasse começar na literatura.

Grandes nomes da literatura mainstream em algum momento de sua car­reira escre­ve­ram “pulp fictions”: Isaac Asi­mov, Ray Brad­bury, Robert A. Heinlein, William S. Burroughs, Upton Sin­clair, Tennessee Williams, F. Scott Fitzgerald, Joseph Conrad, Sax Rohmer, Agatha Christie, Phillip K. Dick e Arthur C. Clarke. Alguns autores não che­ga­ram ao mesmo reco­nhe­ci­mento, mas se tor­naram, pelo menos, refe­rên­cia nos nichos de lite­ratura poli­cial ou de fic­ção cien­tí­fica e fan­tasia: Jack Vance, Robert Silver­berg, Poul Ander­son, Robert Bloch, Raymond Chandler, Edgar Rice Burroughs, Dashiell Hammett, Frank Herbert, L. Ron Hubbard, Robert E. Howard, E. Hoffman Price, H. P. Lovecraft e Louis L’Amour. Auto­res de qua­li­dade, per­ten­centes a uma época ime­diata­mente anterior, foram republicados e chegaram a novas gerações de leitores graças a estas revistas: Johnston McCulley, Rudyard Kipling, H. G. Wells, Jack London, Lord Dunsany, Arthur Conan Doyle, H. Rider Haggard e Mark Twain. Alguns destes autores criaram personagens maiores do que eles próprios, como Tarzan (Edgar Rice Burroughs), Cthulhu (H. P. Lovecraft) e Conan (Howard).

Tudo isto nos dá a dimensão da quantidade de talentos que costumavam frequentar as despretensiosas páginas destas revistas, explicando porque muitos autores de qualidade passaram despercebidos. Não é fácil se sobressair quando na página ao lado está um texto de Ray Bradbury e na outra, um de Tennessee Williams. Clark Ashton-Smith padeceu com isso durante toda a sua vida, nunca obtendo o reconhecimento ou o estímulo que o seu talento teriam justificado.

Uma Vida Humilde

"Jovem Demônio" -- escultura de Clark Ashton-Smith
“Jovem Demônio” — escultura de Clark Ashton-Smith

A biografia do autor em pouco confere com o padrão normalmente associado a autores e artistas. Com uma educação rudimentar e dedicado a serviços braçais, Ashton-Smith foi um autodidata e um ávido missivista, que se correspondeu com autores e artistas de todo o mundo. Sem curso superior, Smith trabalhava braçalmente, colhendo laranjas, cortando lenha ou, no final da vida, fazendo jardinagem. Devido à sua pobreza, desconexão da realidade política e econômica e falta de boas relações na região, Asthon-Smith acabou perdendo a propriedade herdada de seus pais.

Em vida, H. P. Lovecraft foi um dos poucos a elogiar seu tra­ba­lho — e o pró­prio Lovecraft nunca obteve em vida o reco­nhe­ci­mento que a sua pró­pria obra mere­cia. Isto teve impacto não somente sobre a vida pes­soal de Ashton-Smith, que viveu e mor­reu na pobreza, mas sobre a qua­li­dade de sua obra, que, por conse­quên­cia da falta de estí­mulo, foi menos volu­mosa do que poderia ter sido e de qua­li­dade irregular. A partir de 1940, o autor se desinteressou gradualmente da literatura e passou a se dedicar quase exclusivamente à escultura, hobby que iniciara muito cedo em sua vida, antes mesmo de começar a escrever. Não é absurdo dizer que o desafortunado californiano foi um talento literário desperdiçado.

O Trabalho de Clark Ashton-Smith na Ficção Fantástica

A ficção fantástica de Clark Ashton-Smith apresenta várias características que a diferem da maioria do gênero. Não só pelo passado do autor como poeta, mas também por seu interesse nas artes plásticas. Não só ele desenvolveu um gosto pelas descrições detalhadas dos personagens como conseguiu, em certos momentos, torná-las concretas e inteligíveis. Em certos casos, os personagens haviam sido antes criados como peças de escultura. Foi de seus sonhos e pesadelos, bem como dos delírios de sua doença, que extraiu as imagens que compuseram os personagens e enredos, os segundos tão importantes quanto os primeiros para a maioria delas. Sua arte atravessa três períodos:

  • Período Poético: até 1925 Nesta fase Ashton-Smith pratica­mente só escre­veu ver­sos (mas na ado­les­cên­cia escre­vera seus pri­mei­ros con­tos fan­tás­ti­cos), ainda não fazia escul­tura e se dedi­cava ao estudo da pin­tura e da culi­ná­ria. Suas pri­mei­ras publi­ca­ções foram bem rece­bi­das pela crí­tica, que che­gou a chamá-lo “Keats do Pacífico”. Foi nessa época que fez a maior parte de suas ami­za­des lite­rá­rias, che­gando a corresponder-se com Ambrose Bierce e Jack London. Esta fase foi caracterizada pela sua péssima saúde.
  • Período de Predomínio da Ficção Fantástica: 1929 – 1937 Com a saúde dos pais declinando, e cada vez mais forçado a trabalhar para sustentar a casa, Ashton-Smith começou a escrever contos do gênero fantástico, visando vendê-los para as revistas. Não se sabe se ele tomou esta decisão aconselhado por alguém ou se recorreu a este expediente por se lembrar de quando, ainda adolescente, vendera contos para revistas. Neste período Smith chegou a terminar mais de cem contos, muitos dos quais se perderam por não terem sido preservados em seus arquivos pessoais e nem terem sobrevivido os exemplares das revistas onde foram publicados.
  • Período de Predomínio das Artes Plásticas: a partir de 1937 A doença de H. P. Lovecraft (manifestada em 1935) coincide com o início do desinteresse de Ashton-Smith pela ficção fantástica, ao perceber que não conseguiria obter através dela o sonhado acesso ao mundo da literatura profissional. A partir de 1937, o autor escreve cada vez menos prosa, retorna à poesia (mas sem a qualidade de sua produção inicial) e mergulha fundo na escultura, que pode ser considerada a sua maior paixão em vida, e a arte na qual foi mais completamente artista.

Entre os cenários fantásticos concebidos pelo autor, alguns são particularmente interessantes:

  • Aihai O planeta Marte, conforme a língua de seus habitantes nativos. Ali vive uma civilação muito antiga e decadente. Há inúmeras ruínas, abismos perigosos, cavernas sem fim. Principais obras: Vulthoom, O Habitante do Habismo, As Criptas de Yoh-Vombis.
  • Averoigne Uma província fictícia da França medieval. Principais obras: O Fazedor de Gárgulas, A Besta de Averoigne, A Mãe dos Sapos, A Exumação de Vênus, A Encantadora de Sylaire, O Colosso de Ylourgne, Um Encontro em Averoigne, O Fim da História, As Mandrágoras, A Santidade de Azédarac, O Sátiro.
  • Hiperbórea A Groenlândia pré-histórica, antes do avanço da calota polar. Uma região já fria, porém ainda habitada por várias civilizações, que se dedicavam principalmente à pesca e ao comércio marítimo. Principais obras: A Chegada do Verme Branco, A Porta Para Saturno, Ubbo-Sathla, A História de Satampra Zeiros, O Demônio do Gelo, As Sete Obrigações, O Roubo das Trinta e Nove Cintas, A Sibila Branca, A Casa de Haon-Dor, O Testamento de Athammaus, A Maldição de Avoosl Wuthoqquan.
  • Posidonis A “última massa de terra que restava da Atlântida”. Uma inverossímil civilização de tecnologia muito avançada, mas presa a uma massa de terra que afundava lentamente. Principais obras: A Viagem Para Sfanomoë, A Morte de Malygris, O Último Encantamento, A Sombra Dupla — Também mencionada indiretamente em Uma Vindima da Atlântida.
  • Zothique O último continente da Terra. Em um futuro muito distante (milhões de anos), os continentes voltaram a se reunir em uma massa única e descendentes dos seres humanos ainda existem. Estas histórias pertencem ao gênero “terra moribunda”. Principais obras: O Império dos Necromantes, A Ilha dos Torturadores, O Deus Carniceiro, O Ídolo Negro, A Viagem do Rei Euvoran, O Tecelão na Cripta, A Bruxaria de Ulua, Xeethra, O Último Hieroglifo, Necromancia em Naat, O Abade Negro de Puthuum, A Morte de Ilalotha, O Jardim de Adompha, O Senhor dos Caranguejos, Morthylla e A Prole da Tumba.

Além dos cenários acima citados, que foram utilizados em várias histórias, Ashton-Smith ainda concebeu outros mundos fantásticos, que não chegou a aproveitar em mais do que uma história: Malnéant,, a terra onírica onde as pessoas expurgam culpas reais ou imaginárias, Yondo, um deserto localizado “à borda” de um mundo e sujeito à queda de rochas e seres espaciais, Lophai, o planeta onde a forma de vida dominante é a vegetal, Ydmos, a cidade da chama cantante, e um mundo árabe baseado nas Mil e Uma Noites.

Finalmente devemos lembrar que algumas das melhores histórias do autor estão ambientadas em cenários modernos e nada exóticos, que apenas encontram momentaneamente uma intersecção com o alienígena.

Ashton-Smith e o Mito de Cthulhu

Os principais temas da ficção fantástica de Ashton-Smith são os comuns a Robert E. Howard, H. P. Lovecraft e alguns outros autores que são comumente considerados como parte do “Mito de Cthulhu”: o conceito de antigas civilizações terrestres, inclusive algumas anteriores ao ser humano, em contato com malignas civilizações alienígenas. Tal mito começou a se formar a partir de 1926, quando H. P. Lovecraft publicou O Chamado de Cthulhu e incluiu, da parte de Ashton-Smith, a criação de personagens como o mago Eibon e seu Livro de feitiçarias e do “deus” Zatthoqqua (ou Tsathoggua).

As menções de Lovecraft a Ashton-Smith são inúmeras, seja transformando-o em personagem (o Mago “Klarkash Ton”) seja referenciando criações suas, como o Livro de Eibon e o deus Tsathoggua, seja elogiando-o profusamente no ensaio O Horror Sobrenatural na Literatura.

Mas não podemos reduzir sua obra a este único aspecto, de fato, a maior parte da obra de Ashton-Smith quase não tem relação com as de Lovecraft ou Howard. Isso porque, ao contrário da maioria dos autores das revistas “pulp”, tinha um grande interesse por sexo e muitas vezes deixava que suas obras resvalassem para o lado satírico, chegando a escrever obras que tiram muito sarro do horror cósmico que tantos levavam a sério. Entre essas obras de jeito satírico, Ubbo-Sathla, Esquizofrênico Criador e A Chegada do Verme Branco se destacam.

O Sexo e o Alienígena

São várias as obras de Smith nas quais o sexo, se não aparece de forma explícita (devido ao puritanismo da época), pelo menos fica subentendido sem possibilidade de outra interpretação. Ao contrário dos heróis masculinos misóginos ou assexuados que frequentam os trabalhos de autores como H. P. Lovecraft, os personagens de Ashton-Smith se interessam bastante por sexo, sejam eles protagonistas, como o poeta que se apaixona pela prosituta que finge ser a lâmia Morthylla, ou antagonistas, como A Mãe dos Sapos. As relações podem ser consumadas, como a do arqueólogo de A Vênus dos Azombeii, que se torna amante de uma rainha africana, ou idealizadas (O Fazedor de Gárgulas), podem ser fruto do amor (Os Caçadores do Além) ou da violência (O Beijo de Zoraïda), pode ser um amor pecaminoso, como o dos príncipes dO Terceiro Episódio de Vathek, ou pode ser uma ação deliberada para destruir o amor alheio (O Labirinto de Maâl-Dweb). O fato é que o sexo; desejado, consumado ou evitado; é parte significativa dos temas de Ashton-Smith. Isto torna algumas de suas histórias mais modernas do que a média do que foi escrito nas revistas pulp da época.

Ashton-Smith, já idoso, praticando jardinagem.
Ashton-Smith, já idoso, fazendo jardinagem.

Além do sexo, outro tema muito pre­sente na obra de Ashton-Smith é o con­ceito da via­gem no tempo-espaço, que está de acordo com o tipo de ação que é nelas encon­trado. Tal­vez para com­pen­sar nunca ter tido ele mesmo a opor­tu­ni­dade de via­jar, o autor fez de seus per­so­na­gens gran­des via­jan­tes. Rara é a his­tó­ria em que o pro­ta­go­nista per­ma­nece imó­vel: em regra ele viaja, geral­mente por meios inco­muns (naves espa­ciais, máqui­nas do tempo, máqui­nas voa­do­ras mági­cas) ou por cenários incomuns (trânsito interdimensional). Isso quando o personagem já não começa a história dizendo que está em viagem por um lugar distante.

A Violência e Sua Descrição

Seus contos se caracterizam, em sua maioria, pela ação e pela violência. Para além das mortes de natureza sobrenatural ou de outra forma extraordinária, são inúmeras as mortes ocasionadas por acidentes ou pela mão material do homem. Mas Ashton-Smith não se detém a descrever muito os detalhes desta violência: interessa-lhe mais o meio pelo qual ela é executada do que as peculiaridades do ato em si. Mesmo assim, a presença da violência física é mais latente em sua obra do que na de Lovecraft. Por exemplo, diferente do mestre do horror, os carniçais das histórias de Ashton-Smith devoram cadáveres em primeiro plano, ainda que os protagonistas humanos queiram fugir, tendam a desmaiar ou olhem para outro lado.

Sobre Clark Ashton-Smith se pode, porém, fazer a mesma crítica do que a direcionada a Lovecraft: a de que seus protagonistas frequentemente são alter egos do autor. Se em Lovecraft, um amante dos livros e das antiguidades, os personagens vasculham bibliotecas ou ruínas arqueológicas, em Ashton-Smith, um artista plástico, os personagens muito frequentemente são artistas plásticos ou possuem um temperamento fortemente artístico. Se Lovecraft estava interessado em palavras poderosas e abstratas para expressar o “inominável”, Ashton-Smith estava interessado em adjetivos precisos, em um contexto sinestésico, para transmitir a impressão fragmentária de uma realidade incompreensível. Lovecraft parece um filólogo que escreve, Ashton-Smith um pintor que desenha com a linguagem.

O Racismo — Ou a Falta Dele

Apesar de toda a amizade que uniu, à distância, os dois autores, a verdade é que existem algumas diferenças de temperamento entre os dois que são muito pronunciadas. Além da já mencionada diversidade de abordagem do sexo (Lovecraft, um puritano que mal tomava conhecimento da figura da mulher em suas histórias, e Ashton-Smith, um ingênuo que tinha fantasias de todo tipo com o sexo feminino), os dois autores divergem também em sua opinião das raças estrangeiras.

Enquanto Lovecraft temia o contato com o estranho, a ponto de supor que a simples presença do estrangeiro era uma fonte de corrupção, Smith via no contato com a diversidade uma oportunidade de romper com a mesmice de sua vida chata e era receptivo, através de seus protagonistas, a todo tipo de contato com o alienígena, mesmo quando isso era obviamente perigoso. O protagonista dA Vênus dos Azombeii se torna amante (no sentido sexual) de uma rainha africana e deseja fugir com ela, em Mudança de Estrela o protagonista aceita, embevecido, um convite para mudar-se para outro planeta, o astrólogo Nushaim, dO Último Hieróglifo, tem por melhor amigo um velho negro, que por piedade comprou de um mercador de escravos, os astronautas punidos com o exílio, de Abandonados em Andrômeda, não hesitam em comer das plantas e animais de um planeta estranho, da mesma forma que o infeliz explorador terráqueo que tenta fugir dOs Imortais de Mercúrio. Diante de uma trágica mudança para outro planeta, como em A Porta Para Saturno, os personagens não enlouquecem, mas tentam se adaptar.

Raças diferentes tampouco são vistas como um perigo corruptor, exceto, claro, quando se tratam de raças monstruosas. A miscigenação é sempre mostrada como algo neutro. Marta, a amante “meio irlandesa e meio italiana” do escultor Cyprian Sincaul, de Caçadores do Além, não parece ser mencionada com qualquer aspecto negativo de personalidade e ainda é descrita como uma mulher extraordinariamente bela. Se é verdade que a escravidão aparece como tema em várias de suas histórias, ela é sempre vista como um sinal de decadência do povo que a pratica, geralmente trazendo o seu fim ou causando grandes sofrimentos.

O Reconhecimento, ou a Falta Dele

Infelizmente, apesar de toda a originalidade de sua concepção e da qualidade, embora irregular, de sua prosa, o Clark Ashton-Smith, infelizmente nunca teve o reconhecimento que o seu talento merecia, e ainda não o tem. Talvez por ter sido contemporâneo de tantos monstros sagrados da literatura de ficção científica e fantasia em sua era dourada, talvez por seu perfil discreto, ou o seu isolamento no interior da Califórnia, alguma coisa sempre lhe impediu de chegar a ter o renome dos companheiros que com ele dividiam as páginas das revistas.

Alguns críticos alegam que isto se deveu ao peso excessivo de sua linguagem, muito preciosa e carregada de termos arcaicos ou raros. Seja isto verdade ou não, tal defeito não transparece nas traduções porque a maior parte dos termos exóticos empregados pelo autor são de origem greco-latina e soam naturais em português.

Pretendo traduzir algumas de suas obras mais significativas a fim de trazer ao conhecimento do público brasileiro um trabalho que, pelo que sei, não foi até agora disponibilizado em português. Esta página ficará como permanente introdução e índice a esse trabalho sem pressa.

5 thoughts on “A Ficção de Clark Ashton Smith

  1. Dentro em breve esse sonho de um livro de Clark Ashton Smith poderá se tornar realidade. Nós da Editora Clock Tower iremos fazer um financiamento no Catarse no mês de julho/2020, tendo já seus direitos exclusivos garantidos.

  2. Adorei! Muito foda. Pelo jeito vou gostar mais dele do que de Lovecraft. Rs Existem muito autores excelentes desse grupo de jovens escritores das revistas pulp que mereciam ser traduzidos para nosso idioma. Antes eles do que certos escritores atuais de ficção….

  3. Gostei muito da matéria sobre Clark Ashton Smith. Não lembro de haver ouvido ou lido alguma biografia, mesmo que parcial, sobre ele. Desde criança aos 11 anos, por volta de 1968, tive oportunidade de ler H.G. Wells, Edgard Allan Poe, H.P. Lovecraft, Julio Verne e outros, através de gibis que meus irmãos mais velhos costumavam comprar. Anos mais tarde, já desenvolvido o gosto pela leitura de terror/ficção, passei a ler esses autores e a diversificar leitura com outros gêneros literários. Seria muito bom se esses contos fossem traduzidos e lançados em português, assim como fizeram recentemente com livros de Edgard Bullwer Litton, uma vez que eu só conhecia através da ed. Pensamento os livros Zanoni e Os últimos dias de Pompéia. Por ficar muito tempo com a cara no micro trabalhando, aprecio mais os livros em papel. Descobri seu blog por acaso, pesquisando sobre livros e autores de meu interesse e achei bem legal.

  4. “Em vida, somente H. P. Love­craft elo­giou o seu tra­ba­lho” <- teve um poeta, o George Sterling, que fez certo sucesso na California na época, mas depois caiu no ostracismo, que também elogiou Smith e também ajudou sua carreira.

  5. Excelente ! Acho que nunca li nada tão completo assim sobre Clark Ashton Smith. Eu espero que algum dia você consiga publicar um livro com os contos dele, eu pelo menos sou daqueles leitores que tem dificuldade de ler no computador e prefiro livros.

    Recentemente eu adquiri “O Mundo Eterno” publicado pela editora artesanal Sol Negro e gostei bastante. A tradução é do Renato Suttana que também traduziu outras obras do Clark Ashton Smith no blog dele e também participou da antologia “O Mundo Fantástico de H.P. Lovecraft”.

    Parabéns pelo trabalho.
    Um abraço,

    Thiago.

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