Às vezes não é “manterrupting”: é só falta de educação mesmo.

Às vezes, a gente tem uma vontade danada de dar uma opinião, mas nem sempre isso é a melhor coisa a fazer. Nunca se deve interromper um adversário enquanto ele está dizendo uma besteira e nunca se deve debater com alguém que pensa o oposto pensando em “ganhar”. Em qualquer confronto de ideias, quem “ganha” é quem assiste. Entre os participantes o que precisa imperar é o respeito mútuo, para que discutam até com ênfase, mas saiam apertando as mãos e prontos para tomar uma cerveja juntos, se houver oportunidade.

Se uma pessoa te interrompe repetidas vezes quando é a sua vez de falar, a atitude correta não é partir para a discussão, é deixá-la falar, sozinha. Pessoas que fazem tanta questão de dar a sua opinião que não podem nem esperar que outra pessoa fale em sua vez precisam aprender que se não querem ouvir, não serão ouvidas.

Ninguém ganha sustentando um “debate” que se transforma em discussão. Fica ainda pior quando uma parte tem o microfone e a outra não.
É impossível ganhar uma discussão na qual você não pode falar. Mas é possível não começá-la, é possível preservar-se para outro dia. É possível, principalmente, participar através de perguntas em vez de tentando assumir o controle do que o outro fala. Acima de tudo, não insistir na pergunta quando a resposta foi obviamente insuficiente é uma maneira inteligente de constranger quem deu a má resposta.

Muitas vezes as mulheres acham que é “manterrupting”, mas é só falta de traquejo social mesmo. Embora as mulheres possam ser interrompidas com mais frequência, os homens que as interrompem não fazem isso só com mulheres. Vivemos em uma sociedade tóxica, em que todos querem ter razão, mas ninguém quer ouvir ninguém. Interromper o outro é um estilo de vida, é um exercício de poder.

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