Sobre o Vento

Um belo dia eu senti a mão da vida,
meu rosto não gostou,
meu sangue me ferveu
e quando abri os olhos
havia uma névoa densa
desbotando a paisagem.

Senti a mão da vida me ancorar à terra.
Eu que era uma pipa solta ao vento,
percebi que a linha era curta
e que amarram uma ponta em algum peso.

Desde esse dia ficou claro,
quando cair, não mais subirei.
Mas quanto subiria
se tivesse toda a linha que quisesse?
Essa é apenas outra coisa que não sei.

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