O Cãozinho Pequinês

Ao mesmo tempo oriental e desorientado o cãozinho deu no jardim e ficou parado pela morte que se apanha no mínimo tato. Deram-lhe bola ou a comeu por destino. A meia-noite chegou cedo, chegou dura com estrelas demais e sem promessas. Assoviaram de algum lugar no escuro, o silêncio dos olhos empoçados não se alterou nem de leve. O silvo passou no ar como uma outra pedra. Originalmente escrito em 1997. Direto do “Túnel do Tempo”

Minhas Previsões de Ano Novo

Esse começo de ano é o momento em que ledores de mãos, botadores de tarô, jogadores de búzios e outros quejandos conseguem minutchinhos de fama na televisão para falar bobagens a respeito do ano novo. O objetivo da televisão é meramente encher linguiça — e não há melhor modo de fazer isso do que dando ao telespectador a ração de ignorância e superstição que ele tanto aprecia fuçar. O objetivo do “místico” da vez é sempre aparecer, fazer propaganda de si mesmo e de seus […]